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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Como surgiu "Depois do Fim"?

27 de fevereiro de 2016, por Samuel Cardeal.



“Depois do Fim” foi escrito após uma editora brasileira abrir inscrições para uma antologia com o tema “dinossauros”. Na época, achei que seria uma boa oportunidade, e decidi tentar algo. Dinossauros são fascinantes, e é claro que eu também gosto deles. Contudo, nunca fui um aficionado nem tampouco grande conhecedor desses grandes animais que povoaram nosso planeta bem antes de sonharmos em existir. Pensei, inicialmente, que seria difícil escrever uma história com esse tema, mas as ideias simplesmente surgiram.

Distanciando-me de tudo o que eu conhecia na ficção, destruí o mundo para poder construir um novo, o que me deu grande liberdade para criar sem receio de ir contra o que a ciência conhece sobre os dinossauros. Em “Depois do Fim”, o mundo acabou, como um novo Evento K-Pg (ou extinção do Cretáceo-Paleógeno, que extinguiu grande parte da biodiversidade de nosso planeta, inclusive os dinossauros). A vida na Terra teve que ressurgir com o passar dos séculos. Porém, agora, a evolução das espécies criou um ambiente onde coexistem humanos e dinossauros.

Para contar a história, tomei emprestada a voz de Rangel Connor, o protagonista da trama. Rangel é um militar em sua primeira missão. Na realidade atual, não há guerras, os humanos vivem em harmonia, ao menos entre eles. A nova espécie humana tem uma necessidade absoluta de se alimentar de carne, e a espécie mais propícia para sustê-la é a dos dinossauros. Assim, o exército realiza caçadas no território dos animais, abate grandes quantidades e leva os cadáveres, o alimento, para a civilização. É assim desde sempre, ou, pelo menos, desde que Rangel se lembra.

Entretanto, a primeira missão de Rangel também é a primeira em que as coisas não acontecem como planejado. Em uma situação inédita, os animais reagem e o neófito militar se vê em uma batalha sangrenta e assustadora. Muitos morrem, de ambos os lados, mas Rangel, milagrosamente, é poupado. Abandonado por sua conta, o jovem terá que sobreviver no território hostil.

Até então, apenas conhecemos o lado dos homens da história. Assim como Rangel. Mas, na floresta, o rapaz vai conhecer a verdadeira natureza dos animais aos quais chama de feras. Aqui, começa minha parte preferida da obra. O contato de Rangel com os dinossauros revela uma nova realidade, e o faz rever tudo que sabe — ou pensa que sabe — a respeito dos seres que sempre vira apenas como alimento.

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Como disse anteriormente, esse texto foi escrito para uma seleção de uma editora brasileira. Eventualmente, o conto não foi selecionado, o que causou pequena frustração, visto que “Depois do Fim” foi uma das histórias que mais me tocou e que mais gostei de escrever. Contudo, após algum tempo, e com o incentivo, sem o qual nada aconteceria, do Alec Silva, comecei a reformular o texto. Com a ajuda do Alec, reescrevi todo o texto, acrescentando novas cenas e aprimorando a história. Com a nova versão finalizada, a obra passou pela cuidadosa revisão da Mariana de Lacerda e, agora, está pronta para ser entregue aos verdadeiros donos dela: os leitores.

Família Dinossauro

Apesar de trazer um tema frequentemente ligado à aventura, “Depois do Fim” destoa do clichê. Minha intenção, aqui, foi muito mais refletir sobre a existência humana, sua soberba, iniquidade e egoísmo. Esse trabalho significa muito para mim, pois carrega grande parte dos sentimentos e receios que tenho para com a nossa espécie e seu futuro incerto.

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O livro, cujo projeto gráfico está todo pronto, está em pré-venda em suas versões impressa e digital, com o preço promocional de R$ 15,00 e R$ 2,99, respectivamente. No formato 14x21cm, conta com 56 páginas, incluindo ilustrações de época. Alec Silva assinou o prefácio, onde, além de falar sobre a obra, influências e referências, demonstrou todo seu encanto pelos dinossauros.



Aguardo as impressões de todos, e espero que se divirtam e sejam tocados assim como eu fui ao escrever cada página desse trabalho.


Saiba mais clicando AQUI.


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